
Há vida depois de Bond
The Matador não é um grande filme, tem alguns erros crassos no argumento, mas fácilmente os desculpamos porque percebemos que não é um filme para ser levado muito a sério. Uma comédia ligeira sobre um assassino profissional que tem um esgotamento nervoso. Num trabalho no México cruza-se com um homem comum, com o qual estabelece uma estranha, mas sincera, amizade.
É na relação Brosnan-Kinnear que encontramos o melhor ponto de interesse do filme. A química entre os dois é fantástica e, por mais irreal que pareça o motivo que os junta, eles conseguem fazê-lo de uma forma tão natural e divertida que acabamos por acreditar.
Mas, por mais que tenha gostado de Greg Kinnear (e também de Hope Davis), é Pierce Brosnan que rouba o espectáculo. O seu personagem é tudo o que um actor pode pedir, mas que nem todos são capazes de desempenhar. O antigo James Bond fá-lo na perfeição e mostra que tem muito mais para oferecer enquanto actor. Questionei-me, ainda sem ter visto o filme, o porquê de uma nomeação para Pierce Brosnan aos Golden Globes. Agora percebo-o. É realmente uma grande interpretação e mostra a versatilidade do actor, apesar de sair mais bem sucedido na vertente cómica.
O estilo do filme lembrou-me por vezes Kiss Kiss, Bang Bang, pelo seu ar despreocupado e a comédia refinada, mas no final são, obviamente, obras distintas, mas igualmente cool.
 A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |